Secretário de Zema defende cautela sobre federalização de estatais para quitar dívida de MG com a União

Fernando Passalio avalia que proposta alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal precisa de análise técnica

Secretário de Zema defende cautela sobre federalização de estatais para quitar dívida de MG com a União

Passalio pede avaliação adequada para valor das estatais Lucas Eugênio / R7 O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, defende cautela na análise da proposta alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal para quitar as dívidas do Estado com a União. Em entrevista ao quadro MGR na Política, da Record Minas, nesta quinta-feira (23), o representante da gestão Zema avaliou que a federalização de estatais precisa de análise técnica. Um dos pontos de atenção é o valor das empresas. "O credor tem que saber como vai ser a negociação da dívida. Essa conversa tem que ser das pessoas que vão avaliar por quanto uma Cemig [Companhia Energética de Minas Gerais] e Copasa [Companhia de Saneamento de Minas Gerais] entrariam. O governador vai avaliar se isso é interessante para o mineiro. Se o negócio não resolver o problema da dívida, o estado continua sem dinheiro e continua com risco de ter problema de pagamento de salário do mesmo jeito", pontuou. O plano B ao Regime de Recuperação Fiscal foi sugerido ao Governo Federal pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta foi debatida em um encontro em Brasília, nesta quarta-feira (22). Passalio comparou a situação financeira do estado a um "vizinho endividado, com dificuldade de pagar as contas no mês, mas que tem cinco carros importados na garagem". "A ponto de dar o cano, mas cheio de patrimônio", completou. "O governador, muito mais que importante que ter ou não a Cemig e a Copasa, está preocupado em ter saneamento básico. Será que o Governo Federal vai continuar a ter uma gestão profissional como o governador está tendo?", questionou. Durante a entrevista, Passalio também comentou sobre a relação com o Governo Federal e a missão que representantes da gestão Zema fizeram à Ásia em busca de investimentos. Assista à íntegra abaixo: